O documento apresenta uma análise global sobre como a inteligência artificial está remodelando o trabalho, revelando que a tecnologia tem potencializado — e não substituído — o papel das pessoas nas organizações. A partir do estudo de quase um bilhão de vagas de emprego e milhares de relatórios corporativos, o relatório mostra que setores mais expostos à IA registram crescimento de produtividade quase três vezes maior e salários que avançam duas vezes mais rápido do que em setores menos expostos. Profissionais que dominam habilidades relacionadas à IA, como engenharia de prompts ou machine learning, podem receber em média 56% a mais, evidenciando o valor crescente dessas competências.
O estudo aponta que tanto cargos altamente “automatizáveis” quanto funções mais “augmentáveis” têm apresentado crescimento em vagas e salários, indicando que a IA está redesenhando atividades para torná-las mais estratégicas e criativas. Entretanto, isso tem provocado uma aceleração no ritmo de mudança das habilidades demandadas — 66% mais rápida em ocupações expostas à IA — e uma diminuição na exigência de diplomas formais, à medida que habilidades práticas se tornam mais relevantes que formações tradicionais.
O relatório também destaca que mulheres estão mais presentes em empregos expostos à IA, o que representa tanto oportunidades quanto riscos, e reforça que empresas precisam pensar grande para aproveitar o potencial transformador da tecnologia. A adoção da IA como estratégia de crescimento, o investimento em capacitação contínua, e a construção de confiança organizacional e pública são apontados como pilares essenciais para garantir que a IA gere prosperidade, inovação e novos modelos de trabalho em escala global.